Uma jovem mãe de 29 anos, sobrevivente de violência doméstica, deixou Nova Alvorada do Sul há pouco mais de um mês em busca de recomeço em Campo Grande. Ao lado dos seis filhos pequenos e da irmã, Cristina Juliene Kochhann Arce, de 21 anos, grávida de sete meses, ela tenta reconstruir a vida, mas enfrenta dificuldades financeiras, fome e falta de apoio.
Sem revelar a identidade da vítima para resguardar sua segurança, a reportagem apurou que a família conseguiu alugar uma pequena kitnet no bairro Coronel Antonino, onde vivem em condições precárias. “Não consegui emprego ainda, minha irmã grávida não consegue trabalhar e já estamos com o aluguel atrasado. Estamos com falta de alimento, de leite, de fralda, e sequer temos onde dormir direito”, desabafou a mãe.
No imóvel, de apenas um cômodo, todos dormem em um colchão emprestado pela proprietária da casa. A geladeira, quebrada, não conserva alimentos, e o espaço é insuficiente para acomodar tantas pessoas. O aluguel, de R$ 700, está em atraso desde o dia 11.
As crianças, de 2 meses, 2, 4, 5, 7 e 9 anos, enfrentam a fome e a falta de roupas. O bebê mais novo depende de leite em fórmula infantil, do tipo Nestogeno. Segundo a mãe, em alguns momentos ela deixa de se alimentar para que os filhos não passem necessidade.
Para comprovar a situação de violência, a jovem apresentou o boletim de ocorrência registrado contra o ex-companheiro e a medida protetiva expedida pela Justiça de Nova Alvorada do Sul.
Atualmente, a família depende de doações para sobreviver e apela por ajuda com alimentos, roupas, fraldas, leite e recursos para manter o aluguel em dia.
