Rio Brilhante/MS - 30 de novembro de 2025

Rio Brilhante/MS - 6 de dezembro de 2025

MS tem 417 políticos, servidores e empresas na “lista suja” da improbidade

Mato Grosso do Sul registra 417 nomes no Cadastro Nacional de Condenações Cíveis por Atos de Improbidade Administrativa e Inelegibilidade, mantido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A lista reúne políticos, empresários, servidores públicos e até pessoas já falecidas, que receberam condenações por uso irregular de recursos, fraudes em licitações e contratações sem concurso.

Entre os citados estão os ex-prefeitos de Campo Grande, Alcides Bernal e Gilmar Olarte, cada um com três processos diferentes. As condenações se referem a:

  • Irregularidades em cemitérios municipais, com revogações de licitações e contratações emergenciais de uma única empresa.
  • Uso da Omep-MS e Seleta como “agências de empregos” para contratações sem concurso.
  • Propaganda institucional em benefício pessoal, no caso de Bernal, durante tentativa de reeleição.
  • Obstrução da Operação Coffee Break, no caso de Olarte, ao interferir em processo sigiloso.

As duas entidades, Omep-MS e Seleta, também aparecem na lista.

Outro destaque é o ex-vereador de Naviraí, Cícero dos Santos, condenado em cinco ações da Operação Atenas por fraudes em diárias que causaram prejuízo aos cofres públicos.

Também constam nomes de ex-prefeitos como:

  • Daltro Fiúza (Sidrolândia, 2005–2012);
  • Djalma Lucas Furquim (Aparecida do Taboado), falecido neste ano, condenado por contratações temporárias irregulares;
  • Ari Artuzi (Dourados, falecido), por compra de medicamentos sem licitação.

Condenações na Justiça Federal

Do total, 344 condenações foram aplicadas pela Justiça Estadual e 73 pela Justiça Federal. Entre os casos federais:

  • Agamenon Rodrigues do Prado, atual presidente do PT de Campo Grande, condenado em 2018 pelo mau uso de recursos do FAT em quatro convênios quando era secretário estadual.
  • Humberto Teixeira (Dourados), já falecido;
  • Oscar Goldoni (Ponta Porã), por obras de esgoto paradas apesar de recursos recebidos;
  • Manoel Catarino Peró, ex-reitor da UFMS.

Função do Cadastro

O banco de dados do CNJ, com registros desde 2001, é ferramenta de consulta pública. Ele é usado pela Justiça Eleitoral na aplicação da Lei da Ficha Limpa e por órgãos públicos para verificar a idoneidade de pessoas e empresas antes de firmar contratos.

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