Pelo que parece, o clima entre o Legislativo e o Executivo — e seus líderes na Câmara — continua tenso.

O vereador Adaozinho parabenizou a Lívia Cabelo por assumir a Secretaria de Saúde e pediu que ela cuidasse melhor dos funcionários públicos, destacando que o povo reclama da falta de médicos nos postos de saúde. Ele alegou que isso ocorre por falta de incentivo, já que muitos direitos dos servidores foram retirados.
Adaozinho também criticou o prefeito, pedindo que ele pare de ouvir quem não entende do assunto e volte a visitar o povo como fazia antes — quando ia aos assentamentos, acompanhava o plantio e a colheita. Isso, segundo ele, “foi ficando para trás”.
O vereador também cobrou transparência sobre as verbas que deputados e o governo estadual afirmam ter enviado ao município. Questionou onde esse dinheiro foi investido, ressaltando que a população precisa saber em quem votar em 2026 para não ser mais enganada.
Já o vereador Valci alegou que o vereador Nô feriu o Regimento Interno da Casa ao ignorar um pedido de destaque em uma indicação — direito legítimo dos vereadores. O presidente da Câmara também não considerou o pedido, mesmo com outros vereadores o lembrando.
Valci provocou uma reflexão:
“Se os direitos dos vereadores não são respeitados, mesmo amparados pela lei, o que esperar do atendimento às demandas do povo rio-brilhantense?”
O vereador Nô, por sua vez, se defendeu, explicando o motivo de não ter convocado todos os vereadores para uma reunião sobre os limites laterais das rodovias do município. Segundo ele, o tema era urgente e relevante para o crescimento de Rio Brilhante.
O vereador Daverson cobrou a implantação de transporte coletivo urbano, argumentando que Rio Brilhante cresceu e que o “povo humilde, sem carro”, não consegue carregar cinco filhos de bicicleta para se locomover de um bairro ao outro.
Nô respondeu dizendo que essa proposta não é nova e que visitou cidades vizinhas para entender como funcionavam seus sistemas de ônibus coletivo. No entanto, foi informado que muitas empresas estavam quebrando. Ele relatou:
“Lojas de motos estão anunciando que, por R$ 1,50 por dia, dá pra comprar uma moto, o que sai mais barato do que pagar R$ 2,00 por uma passagem.”
CRÔNICA:
Pelo visto, as cidades grandes não fizeram essa analogia. Talvez devêssemos procurar esse lugar onde, mesmo com o nome restrito (como acontece com a maioria dos brasileiros), conseguíssemos comprar nossa própria moto que comporte cinco pessoas.
Além dos embates, a sessão contou com moções de aplausos, entre elas uma homenagem ao querido Frank Willian e à equipe de Taekwondo do Professor Higor Luís, além de várias indicações feitas pelos vereadores.
Por Mohamed Avila Alle