Rio Brilhante/MS - 30 de novembro de 2025

Rio Brilhante/MS - 6 de dezembro de 2025

Agro e indústria de MS entre os alvos da tarifa de Trump: exportações e empregos em risco

Resumo da Situação

O que aconteceu?
O ex-presidente norte-americano Donald Trump, em um movimento de retaliação política, anunciou tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A medida mira exportações-chave de MS, como carne bovina, celulose, sebo bovino e produtos florestais.

Por que isso importa para MS?

  • Em 2024, o estado exportou US$ 669,5 milhões aos EUA (R$ 3 bilhões).
  • Só em carne bovina, foram mais de US$ 235 milhões.
  • EUA são um dos maiores mercados externos de MS.

Impactos Esperados

No setor produtivo:

  • Perda de competitividade internacional
  • Possível corte de empregos na agroindústria
  • Desorganização de cadeias produtivas
  • Redução da entrada de dólares na economia estadual

Para o consumidor:

  • Alta de preços no varejo
  • Inflação puxada pelo dólar
  • Aumento do risco-país e fuga de capitais

Para o Brasil:

  • Tensões diplomáticas elevadas
  • Desequilíbrio comercial entre Brasil e EUA
  • Risco de recessão em setores exportadores

Reações e Preocupações

  • Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS): Alerta para o risco de colapso produtivo e perda de empregos.
  • CDL de Campo Grande: Efeito cascata no comércio e aumento da inadimplência.
  • Amcham Brasil: Apelo por diálogo, alegando que a relação bilateral gera benefícios mútuos — só em 2024, os EUA tiveram superávit de US$ 29,2 bilhões com o Brasil.

Comércio Brasil-EUA: Interdependência

Exportações brasileiras aos EUA incluem:

  • Petróleo bruto
  • Ferro e aço
  • Carne bovina
  • Aeronaves
  • Suco de laranja

Importações brasileiras dos EUA:

  • Componentes aeronáuticos (turborreatores: 85% vêm dos EUA)
  • Gás natural liquefeito
  • Naftas para indústria petroquímica

Ou seja: a retaliação brasileira poderia ser altamente sensível, mas também arriscada para a própria indústria nacional.


O que esperar?

  1. Pressão política e diplomática para reverter ou suavizar as tarifas antes de 1º de agosto.
  2. Negociações bilaterais com mediação empresarial (Amcham, CNA, CNI).
  3. Risco de efeito dominó em outros estados exportadores, como SP, PR, RS e MT.
  4. Monitoramento do dólar e dos índices de inflação no Brasil.

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