Resumo da 18ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Rio Brilhante – 02/06
A 18ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Rio Brilhante, realizada na última segunda-feira (02/06), teve momentos de grande tensão, especialmente após o envio de um ofício pelo prefeito para ser lido no plenário poucos minutos antes do início da sessão.
O vereador Adão Pereira Leite iniciou sua fala afirmando que “os vereadores têm menos privilégios que o prefeito nesta Casa de Leis”. Segundo ele, os vereadores precisam protocolar suas matérias até o meio-dia para que sejam lidas na sessão, enquanto o prefeito encaminhou um ofício faltando cinco minutos para o início. “Será que a Câmara virou puxadinho da Prefeitura?”, questionou.
Adão Leite reforçou que ninguém irá inibir os vereadores de exercerem sua principal função, que é fiscalizar. Ele destacou que não cabe ao vereador ligar para o Estado pedindo liberação de recursos ou verificar se há convênios ativos para a conclusão de obras. “O vereador tem sim que fiscalizar e publicar nas redes sociais o que está sendo feito e o que não está, seja ele oposição ou a favor do prefeito”, enfatizou.
Outro ponto abordado pelo vereador foi a situação das 120 casas liberadas por deputados e pelo Governo Federal, mas que não podem ser construídas devido, segundo a Prefeitura, à falta de terrenos. Adão Leite criticou o pedido da Prefeitura para que a Câmara repassasse R$ 5 milhões para a aquisição de terrenos, mas ressaltou que a Câmara decidiu não fazer o repasse. “Não adianta tentar empurrar de goela abaixo”, afirmou.
Ele também declarou que será parceiro caso o atual prefeito venha a concorrer a qualquer cargo público federal, mas não aceitará que o trabalho dos vereadores seja inibido. Criticou ainda a falta de diálogo do Executivo com os vereadores, citando como exemplos o atraso na reforma do Ginásio de Esportes, da quadra do Assentamento Taquara, a entrega do posto de saúde no centro de Rio Brilhante, do caminhão de leite aos produtores, além da reforma da quadra de esportes do bairro Antônia Barbosa e a entrega das moradias prometidas pelo prefeito há quase cinco anos. “Rio Brilhante não precisa que iluminem as entradas da cidade, e sim da aquisição de terrenos para construção de casas, pois o povo não consegue viver com um salário tendo que pagar aluguel”, concluiu.
O vereador Rodrigo Laboissier também se manifestou, questionando os descontos nos salários dos vereadores sem aviso prévio e expressou o descontentamento da classe, destacando mais uma vez a falta de diálogo entre o Legislativo e o Executivo.
O vereador Valci do Despachante fez um apelo pela causa das pessoas com autismo, ressaltando que os custos com medicamentos e tratamentos chegam a quase R$ 6 mil. “Se para nós vereadores está difícil, imagine para um diarista ou trabalhador que recebe um salário mínimo.” Ele também falou sobre a Escola Agrícola e a necessidade urgente de troca da parte elétrica, pois as crianças estão tomando banho frio neste período de baixas temperaturas. Pediu ainda maior atenção e aproximação do Executivo para melhorar as condições do local.
Já o vereador Dr. Márcio Belone demonstrou indignação ao relatar que um secretário da Prefeitura levou 200 uniformes para uma escola com 600 alunos e orientou o diretor a escolher para quem entregar. “O filho de um é melhor que o filho do outro? Ou entrega para todos ou não entrega para ninguém”, protestou Belone. Ele parabenizou o diretor pela postura de não realizar a entrega e, ao ser questionado pelo secretário, respondeu: “Como vou entregar para uns e para outros não?”
A vereadora Lívia Dias realizou diversas homenagens, entre as quais destacou a atuação da AGETRAT, gerenciada pelo Capitão da Polícia Militar Aldo Benevides, pelo excelente trabalho de prevenção e conscientização no trânsito, junto a toda sua equipe.
Esses e outros detalhes da sessão estão disponíveis no site oficial da Câmara Municipal de Rio Brilhante.
