A primeira-dama do Brasil, Rosângela Silva, a Janja, afirmou nesta quarta-feira (8) ter ficado surpresa com a seca severa que atinge o Pantanal de Mato Grosso do Sul nos últimos anos. Ela esteve em Campo Grande para participar de reuniões preparatórias da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025), que será realizada em novembro, em Belém (PA).

“Viemos ouvir principalmente as mulheres sobre a vida no Pantanal e como elas estão enfrentando as mudanças climáticas. Conheci o bioma há 30 anos e hoje vejo imagens do Pantanal sem água, passando por meses de seca. Precisamos aportar recursos para levar água às pessoas e fazer com que o Pantanal volte a ser o que era”, declarou a primeira-dama.
Janja atua como enviada especial para mulheres e integra um grupo formado por sete brasileiros e 22 estrangeiros que atuam de forma voluntária como interlocutores para a conferência.
A primeira-dama esteve acompanhada da enviada especial para igualdade racial e periferias, Jurema Werneck, e das ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. O grupo visitou o Instituto Tamanduá, que desenvolve projetos de preservação de tamanduás, preguiças e tatus, além de ações de reflorestamento e educação ambiental.
Durante a agenda, Janja também participou, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da oficina “Vozes do Pantanal”, voltada para o debate sobre o empreendedorismo ligado ao bioma.
A professora Bartô Catanante destacou a importância da presença da primeira-dama no evento.
“O conhecimento por parte dela, em nos conhecer com as nossas particularidades aqui do Estado de Mato Grosso do Sul, e, principalmente, os povos indígenas e negros, vivem uma questão crucial, que é a questão do meio ambiente. Nós temos 22 comunidades quilombolas, e a maioria são comunidades rurais que dependem desse meio ambiente”, afirmou.