Rio Brilhante/MS - 9 de setembro de 2025

Em MS, prefeito briga com a vice e manda ela ficar ‘em casa esperando ele morrer’

Crise política: Prefeito de Ivinhema critica vice por negociar repasses com vereadores

O prefeito de Ivinhema, Juliano Ferro (PSDB), conhecido como “prefeito influencer”, usou as redes sociais nesta semana para criticar publicamente sua vice-prefeita, Angela Casarotti Cardoso (PP), após ela participar de uma reunião com vereadores e garantir repasses para a área da saúde no município.

Em vídeo de pouco mais de três minutos, o chefe do Executivo afirmou que o papel do vice-prefeito é “ficar na dele” e só deve assumir em casos de afastamento ou morte do titular. “A atribuição de um vice é esperar a ausência do prefeito”, disse Ferro.

A crítica surgiu após Angela se reunir com parlamentares e servidores da saúde e assegurar o repasse de recursos para agentes comunitários e enfermeiros. Juliano contestou a iniciativa, alegando que a decisão caberia exclusivamente à gestão municipal. “Esse era um repasse que o município tem para dividir com os agentes ou deixar nos cofres públicos”, declarou ao Jornal Midiamax.

O episódio escancara um rompimento político entre prefeito e vice. Juliano afirmou que ambos não caminham mais juntos politicamente, ressaltando que estão em partidos diferentes e que há “condutas” com as quais ele não concorda.

Além do atrito com a vice, a gestão do prefeito Juliano Ferro enfrenta outras polêmicas. Recentemente, a Justiça de Mato Grosso do Sul barrou o aumento salarial do prefeito, da vice, de secretários, procurador e chefe de gabinete. A proposta previa reajuste de R$ 19 mil para R$ 35 mil — mesmo valor recebido pelo governador do estado, Eduardo Riedel (PSDB).

O prefeito também já foi condenado a prestar serviços comunitários por ameaçar um deputado estadual e escapou de ação por autopromoção em eventos públicos após falha processual do Ministério Público.

A vice-prefeita Angela Casarotti foi procurada pela reportagem nos contatos disponíveis no Registro de Candidatura, mas até o momento não retornou. O espaço segue aberto para manifestação.

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