O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou nesta terça-feira (9) o voto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu a condenação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar anunciou que pretende solicitar a suspensão do julgamento.
Segundo Flávio, Moraes teria feito um pronunciamento com “viés político”.
“Uma tristeza no coração ao ver como uma pessoa anuncia um voto político, com tanta raiva, tanto ódio. Parecia o líder do governo do PT no Supremo, proferindo palavras sem embasamento jurídico, sem nenhuma prova, como quem pratica uma vingança”, declarou a jornalistas.
O senador também citou acusações feitas pelo ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro, segundo as quais Moraes teria pedido a alteração irregular de um documento para justificar uma operação da Polícia Federal. Flávio disse que uma perícia teria confirmado a veracidade do depoimento e defendeu a abertura de investigação.
“Vamos oficiar todos os ministros do Supremo para que tomem ciência dessa grave denúncia de fraude processual feita por um membro do STF. Solicitaremos que seja suspenso o julgamento até a conclusão dessa investigação”, afirmou.
Ele ainda criticou o acesso “parcial” da defesa de Bolsonaro e de outros réus às provas do processo, alegando que o tamanho dos arquivos teria inviabilizado a análise completa.
Mais cedo, Flávio já havia publicado nas redes sociais um vídeo rebatendo o voto de Moraes, classificando-o como uma “encenação absurda”. Em caixa alta, escreveu: “SEM PROVAS, SEM LEI”.
Na legenda, reforçou:
“Não vamos aceitar essa encenação absurda de Alexandre de Moraes. Sentença não é um livro autoral dele. É preciso ter provas, nexo causal, respeito às leis e à CF/88. Tudo isso falta nesse pseudo-processo. SOMOS TODOS BOLSONARO.”
Magno Malta fala em recorrer a organismos internacionais
O senador Magno Malta (PL-ES) também se manifestou, afirmando que a oposição recorrerá a instâncias internacionais caso Bolsonaro seja condenado.
“Vamos à OEA, à ONU, embora sabendo a tendência esquerdista, e, se necessário for, iremos até o Tribunal de Haia”, declarou.
