A execução de Luan Felipe Pereira Santana, de 20 anos, ocorrida na noite de terça-feira (7), no bairro Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande (MS), foi motivada por vingança, segundo a Polícia Militar. A vítima foi morta com tiros na cabeça e no tórax, após ter se envolvido, dias antes, em uma briga com um amigo do autor do crime.
O homicídio aconteceu na Rua João Francisco Damasceno, em frente a uma praça do Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian. Luan foi atingido por dois disparos no rosto e um no peito, morrendo no local.
Logo após o crime, os autores fugiram, mas seis suspeitos foram presos pouco tempo depois pelo Batalhão de Choque da PM. Durante as prisões, os envolvidos confessaram a participação no assassinato e detalharam a dinâmica do crime.
De acordo com o boletim de ocorrência, o autor principal contou que Luan havia brigado com um amigo seu na segunda-feira (6), deixando-o ferido e internado na Santa Casa. Em retaliação, ele reuniu outros cinco comparsas e armou uma emboscada, marcando um encontro com a vítima por meio do WhatsApp.
O grupo foi até o local em um Volkswagen Taos, dirigido por um dos envolvidos. Esse motorista afirmou à polícia que apenas recebeu uma mensagem para ir ao local, sem saber o motivo, e que presenciou o crime de dentro do carro.
Durante as buscas, os policiais encontraram na casa de outro suspeito o revólver calibre .32 usado na execução. A arma estava escondida em uma gaveta, e o dono afirmou tê-la comprado há cerca de dois meses por R$ 3,5 mil.
Segundo o depoimento de um dos autores, ele chegou a conversar com Luan no local, mas os ânimos se exaltaram. Ao retornar para o veículo, foi seguido pela vítima até a janela do carro, momento em que o atirador efetuou os três disparos fatais.
Entre os presos, está também o irmão do jovem que havia brigado com Luan dois dias antes. Todos os seis suspeitos foram levados para a delegacia junto com o veículo utilizado no crime.
Últimos momentos da vítima
Horas antes de ser morto, Luan foi visto no viaduto da Rua Antônio Maria Coelho, próximo à Avenida Calógeras, onde passa a linha do trem. Imagens divulgadas pelo Campo Grande Mil Grau mostram o jovem sentado ao lado de uma garota, que também foi vista mais tarde ao lado do corpo da vítima. Ambos usavam as mesmas roupas — Luan vestia camisa do Flamengo e bermuda preta.
