Rio Brilhante/MS - 30 de novembro de 2025

Rio Brilhante/MS - 6 de dezembro de 2025

‘Menina veneno’: quem são as vítimas da estudante de Direito suspeita de matar quatro pessoas

A estudante de Direito Ana Paula Veloso, presa em julho deste ano, é apontada pela Polícia Civil de São Paulo como responsável por quatro mortes por envenenamento ocorridas entre janeiro e maio, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A jovem ficou conhecida nas redes sociais como a “menina veneno”.

Estudante é acusada de envenenar vítimas e até cães

Segundo as investigações, Ana Paula teria envenenado quatro pessoas — entre elas um proprietário de imóvel, uma amiga, o pai de outra amiga e um jovem tunisiano com quem mantinha relacionamento.
A polícia também apura a morte de dez cachorros, supostamente envenenados com chumbinho, substância usada pela estudante para testar o efeito do veneno.

A defesa de Ana Paula e da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, também presa, afirmou em nota ao Estadão que pretende “colaborar com a correta apuração dos fatos e zelar pela proteção dos direitos e garantias fundamentais das investigadas”.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), Ana Paula foi denunciada em setembro pelos promotores Vania Caceres Stefanoni e Rodrigo Merli Antunes.
Ela permanece em prisão preventiva, aguardando o início da instrução processual.
Os casos estão concentrados na Vara do Júri de Guarulhos, onde ocorreu o maior número de crimes.


As vítimas da “menina veneno”

1. Marcelo Hari Fonseca

A primeira vítima foi Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, proprietário da casa onde Ana Paula morava com a irmã, em Guarulhos (SP).
O corpo dele foi encontrado nos fundos do imóvel em 31 de janeiro. A própria Ana Paula acionou a Polícia Militar, dizendo ter sentido um “forte odor”.
A perícia apontou indícios de envenenamento.


2. Maria Aparecida Rodrigues

Em 11 de abril, Maria Aparecida Rodrigues foi encontrada morta em casa, também em Guarulhos.
A filha, Thayná Rodrigues Felipe, relatou que a mãe havia se encontrado com Ana Paula no dia anterior, quando tomou café e comeu bolo oferecidos pela suspeita.

A investigação indica que Ana Paula matou Maria Aparecida para tentar incriminar um policial militar com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. Após o crime, a estudante teria espalhado boatos nas redes sociais insinuando que a vítima era amante do PM.


3. Neil Corrêa da Silva

A terceira vítima foi Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, pai de Michelle Paiva da Silva, amiga de Ana Paula.
O crime aconteceu em Duque de Caxias (RJ), também em abril.
Segundo a polícia, Michelle financiou a viagem da estudante de Guarulhos ao Rio para que ambas cometessem o assassinato.
Neil teria sido envenenado. Michelle foi presa em 7 de outubro, acusada de participação.


4. Hayder Mhazres

A quarta vítima foi Hayder Mhazres, tunisiano de 21 anos, com quem Ana Paula mantinha um relacionamento amoroso.
O jovem passou mal e morreu em 23 de maio, em um apartamento no bairro do Brás, em São Paulo.
O corpo foi enviado para a Tunísia sem ser exumado, mas a polícia acredita que ele também tenha sido envenenado.


Casos seguem sob investigação

As quatro mortes estão sob investigação do Ministério Público de São Paulo e da Polícia Civil.
Os promotores afirmam que as provas reunidas indicam um padrão de comportamento por parte da acusada, que usava veneno como meio de execução e mentiras para despistar os investigadores.

Ana Paula Veloso segue presa preventivamente. Sua irmã gêmea, Roberta, também é investigada por participação nos crimes.
Créditos: Midiamax

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