O policial penal Leandro Ramires Pinheiro, flagrado em julho de 2024 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) transportando cocaína e celulares para detentos, teve a perda do cargo decretada e publicada no Diário Oficial desta terça-feira (2).
A decisão, assinada pelo diretor-presidente da Agepen, Rodrigo Rossi Maiorchini, cumpre determinação judicial com base no artigo 92 do Código Penal.
Prisão em flagrante
Segundo as investigações, o policial foi abordado em uma motocicleta nas proximidades da UFMS, em Campo Grande. Na mochila que carregava, foram encontrados dois tabletes de cocaína, celulares, carregadores, um rolo de saco de lixo azul (usado para embalar drogas) e um carregador de pistola calibre .40 municiado.
Durante o flagrante, Leandro confessou que fazia entregas para detentos e recebia R$ 250 por encomenda. Ele alegou desconhecer que transportava drogas e disse que aceitava os “serviços extras” para custear o conserto de seu carro.
Esquema milionário
A investigação aponta que a entrada de celulares e drogas em presídios de Mato Grosso do Sul faz parte de um esquema milionário, supostamente articulado entre facções criminosas e servidores penitenciários corrompidos.
As irregularidades se aproveitariam de falhas na fiscalização, como o acesso de empresas terceirizadas, a conivência com arremessos de pacotes, visitas e até servidores que burlam revistas.
Ocorrências recorrentes reforçam que detentos seguem comandando crimes de dentro das cadeias, contando com a estrutura ilegal de comunicação garantida por celulares introduzidos nos presídios.
Fonte: MidiaMax
