A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) afirmou que não sabe se está entre as vítimas investigadas na Operação Rosa Branca, deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (19). A operação apura crimes de apologia ao nazismo, racismo e principalmente a criação e divulgação de “deepnudes” — imagens sexualmente manipuladas por IA — de parlamentares federais.
Soraya declarou que não recebeu qualquer informação sobre estar entre os alvos, mas disse confiar plenamente no trabalho da PF, lembrando que já foi vítima de crimes semelhantes, como o revelado na Operação Assédio, que investigou mensagens de cunho sexual enviadas a ela e outras mulheres. Ela também relatou que ela e familiares sofrem ameaças de morte e ataques de caráter sexista.
A PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão e um de busca pessoal em Lajeado (RS). O inquérito teve início a partir de um procedimento da Polícia Legislativa do Senado, que identificou postagens indevidas e o uso de IA para gerar deepnudes de parlamentares, além de conteúdo ligado ao nazismo e racismo.
Os investigados podem responder por crimes de racismo e exposição indevida da intimidade sexual.
Soraya defende que o Legislativo avance em leis mais rigorosas. O texto lembra que a Câmara já aprovou, em fevereiro, um projeto que tipifica a manipulação digital de nudez com uso de IA, prevendo pena de 2 a 6 anos — podendo aumentar em casos de vítimas vulneráveis, disseminação em massa ou uso em campanhas eleitorais.
